segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Estudar para transformar

“Conhecimento é poder”- já diz a máxima do pensamento popular. Mas, qual tipo de conhecimento?Que tipo de poder?Como exercer este poder?

Hoje em dia somos todos e todas bombardeados/as por inúmeras notícias nos jornais (impressos e televisivos), revistas nas bancas dos mais variados temas(fofocas, notícias,esportes,etc), mensagens de celulares, e isso sem falar no Universo de acesso à informações na rede mundial de computadores, a Internet.

A transmissão de notícias/informações em “tempo real”, junto com a crescente popularização de tecnologias outrora mais elitizadas (celulares, notebooks, máquinas fotográficas, câmeras de vídeo) faz com que, virtualmente, qualquer ser humano da face da Terra possa buscar informações de quaisquer partes do mundo e/ou transmiti-las para qualquer lugar. Mas, será isso conhecimento?

No meio de tanta informação; é fundamental sabermos “separar o joio do trigo”: será que quem nos conta o fato, o ocorrido, a informação; é alguém que entende do assunto? Pessoa física ou empresa (Rede Globo, site UOL, revista Carta Capital,etc)? Quais possíveis interesses dessa pessoa e/ou grupo em informar tais fatos e não outros, tais leituras e não outras?

Ter senso crítico em relação ao que se lê é importantíssimo para que possamos descobrir mais sobre o que “não é dito” da realidade de nosso bairro, cidade, país, cultura. E tal senso crítico é exercitado quando tentamos aprender sobre/com o mundo juntando nossas INFORMAÇÕES com nossa FORMAÇÃO. E aí entra, necessariamente, o tipo de conhecimento que temos contato na escola:as ciências exatas e biológicas, gramática, literatura, ciências humanas(história, geografia). De que adianta ter acesso, pela internet (em computador próprio ou em lan house), a todas músicas e filmes estrangeiros inimagináveis, se nunca aprendermos inglês para entender o que as canções pop dizem? De que vale ver um filme ao cinema no qual não se entende o que se diz ali por “aquecimento global”, ou outro tema “do momento”?

Frequentar a escola e buscar aprender ao máximo com cada disciplina, não é importante apenas para tirar notas, passar nas provas e ter um diploma de conclusão do ensino médio depois. É também importante para a vida cotidiana; ao menos para aquelas pessoas que pretendem não passar pela vida sendo “massa de manobra” de oportunistas do momento. Para saber o que podemos transformar para melhor no mundo, é preciso estarmos mais habilitados/as a entendê-lo melhor, e para isso, necessitamos de toda Educação possível, a formal (escolar) e a informal (mídia, família, comunidade).

Assim, neste 11 de Agosto que comemoramos com satisfação o dia do Estudante no Espaço Juventude e Movimento do Cabo de Santo Agostinho/PE, temos a oportunidade de refletirmos sobre o quanto aproveitamos a escola e outros meios de Educação em nossa vida; sobre o que a escola precisa para melhorar-e como faremos isso- e sobre o quanto valorizamos ou não o valor “Educação” em nossas vidas.

Faço votos que todos e todas estudantes do EJM- Cabo se engajem proativamente, junto com seus/suas Educadores/as, professores/as do colégio, familiares, na luta por terem MAIS e MELHOR acesso aos conhecimentos da escola(e os das mídias fora dela) que ajudem a entendermos nosso bairro, país e nos forneça a semente da esperança para transformá-lo.


Um feliz e estudioso dia dos Estudantes a todos e todas alunos/as do EJM-Cabo de Santo Agostinho/PE !!


Francisco do Nascimento Couto
Psicólogo do EJM – Cabo de Santo Agostinho/PE 



Um comentário:

  1. Mércia Maria da Silva24 de janeiro de 2011 às 10:09

    Francisco, muito bom esse texto! Que ele possa abrir o senso crítico das pessoas...

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